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Ordem de não reanimar é tema de mesa redonda na Unoesc

A mesa redonda foi coordenada por Elzio e por Ana Paula Ramos, gerente de Enfermagem do Hospital Universitário Santa Terezinha.

 A ordem de não reanimar, prática ainda não regulamentada no Brasil que consiste na determinação para a não realização de procedimentos em caso de parada cardiorrespiratória de pessoa que se encontra em fase final de doença terminal, foi tema de mais uma atividade realizada na Unoesc. Desta vez, o assunto foi debatido em uma mesa redonda promovida pela Liga de Bioética e pelo Centro Acadêmico do Curso de Medicina (Labem) e pelo Comitê de Bioética do Hospital Universitário Santa Terezinha, envolvendo professores de Medicina, Enfermagem e Direito, uma médica da Unidade de Tratamento Intensivo do HUST e um padre.

 

O evento aconteceu no dia 11 de novembro, no Auditório Jurídico da Unoesc Joaçaba. Os participantes foram os professores Erlo Lutz, professor de Medicina, mestre em Ciências da Saúde e integrante do Comitê de Bioética do HUST; Maria do Carmo Vicensi, professora do Curso de Enfermagem, mestre em Ciências da Saúde Humana; Cristhian Magnus De Marco, professor doutor em Direito; Alice Chiodelli, médica residente da HUST, representando a equipe de médicos da UTI do hospital; e o padre Davi Lenor Ribeiro, da Paróquia de Herval d’Oeste, que também é bacharel em Direito.

 

Entre os assuntos trazidos ao debate, estavam a evolução da autonomia do paciente, o princípio da Dignidade, a proporcionalidade na adoção de medidas terapêuticas no fim de vida dos pacientes, os desafios que os próprios profissionais da Saúde enfrentam no acatamento à ordem de não reanimar, além de experiências e perspectivas trazidas pelos participantes. O professor Erlo, médico de família, relatou sua experiência prática no atendimento aos pacientes em fim de vida, enquanto o Pe. Davi, que destacou o valor dos aspectos espirituais para a aceitação por parte do próprio paciente a respeito do momento de morrer. A médica Alice também relatou as dificuldades práticas e o conflito da adoção da ordem de não reanimar em situações de emergência, quando o profissional obriga-se a agir imediatamente.

 

Os debates também tiveram a participação do professor Dr. Elcio Luiz Bonamigo, que fez a abertura do debate com uma contextualização sobre a ordem de não reanimar. Elcio também relatou a iniciativa da Câmara Técnica do Conselho Federal de Medicina de propor ao Conselho a aprovação de uma resolução sobre assunto, destacando a existência de trabalhos científicos que comprovam a utilização dessa prática em hospitais.

 

O assunto vem pautando aulas da 4ª e da 7ª fase do Curso de Medicina, nas disciplinas de Ética e Sociedade e Ética Médica, além das discussões e estudos na Liga Acadêmica de Bioética e Ética Médica, formada por estudantes e professores do Curso de Medicina da Unoesc.

 

– A ordem de não reanimar envolve muitos dilemas éticos e bioéticos, como a beneficência e autonomia do paciente, especialmente por se tratar de um tema tão delicado e controverso, que é a terminalidade da vida – comenta o acadêmico Elzio Luiz Putzel, que é presidente da Liga Acadêmica de Bioética e Ética Médica da Unoesc e titular da Comissão de Humanização do HUST. Ele acrescenta que a discussão, com a perspectiva de vários profissionais, é interessante e os acadêmicos do curso se mostraram satisfeitos com a abordagem do assunto no decorrer das aulas e dos dois eventos realizados, sendo o primeiro um júri simulado que ocorreu em outubro.

 

– A possibilidade do acadêmico e futuro médico deparar-se com uma situação de ordem de não reanimar é muito grande, aumentando o interesse e a atenção dos acadêmicos. O formato de mesa redonda composta por médicos, enfermeiras, acadêmicos, religioso e advogado tornou a discussão didaticamente interessante e proveitosa, prendendo a atenção dos acadêmicos presentes até o final da discussão – completa o estudante.

 

A mesa redonda foi coordenada por Elzio e por Ana Paula Ramos, gerente de Enfermagem do Hospital Universitário Santa Terezinha.

 

 

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