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Hiperatividade

Adriana Zilio Psicóloga

Uma queixa cada vez mais comum nos consultórios pediátricos e de psicoterapia infantil é a de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Apesar de ser um problema que tende a se cronificar, estendendo-se para a vida adulta, existem hoje formas eficazes de controle, principalmente por meio do uso de medicamentos. Entretanto, o primeiro obstáculo para o tratamento é a dificuldade em fazer corretamente o diagnóstico. É tarefa delicada distinguir o excesso de agitação próprio da infância de um quadro definido de TDAH.

       É preciso lembrar que o TDAH se caracteriza basicamente de duas formas, pela desatenção ou pela hiperatividade. As costumam associar TDAH mais à hiperatividade e esquecem que a desatenção também é típica do transtorno.

       A característica essencial do TDAH consiste num padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, mais freqüente e grave do que aquele tipicamente observado nos indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento.

       Para quem sofre de TDAH, o atributo passa a ser uma marca registrada, freqüente no dia-a-dia. Na escola, a criança é tida, no mínimo, como desorganizada, pois não consegue completar as tarefas a contento. Basta cair um apontador ao lado para ela perder o foco atencional. A impulsividade é outra característica associada à doença. Quem sofre o problema tende a responder antes de o interlocutor ter tempo de concluir a pergunta, por exemplo. E manter-se resignado em longas filas torna-se um martírio muito mais sacrificante do que seria para qualquer outro mortal.

       Embora a maioria dos indivíduos apresente sintomas tanto de desatenção quanto de hiperatividade, pode haver predomínio de um padrão sintomático ou de outro.

       Mesmo com vários estudos, a ciência ainda não foi capaz de produzir uma resposta única e definitiva para a causa dessa doença. A mais provável, é o surgimento estar relacionado ao processo de maturação de partes do sistema nervoso central.

       O recurso medicamentoso é essencial para o controle dos principais sintomas e dos prejuízos provocados pela doença. Entretanto, não existem também até agora estudos conclusivos comprovando que os remédios possam causar a remissão completa do caso. Por isso, a associação da psicoterapia ao tratamento, é de grande valia.

      Até pouco tempo a hiperatividade era associada apenas a crianças. Hoje está claro que o problema transtorna também a vida de adultos. As pessoas costumam dizer: ?não se preocupe, porque quando ele ficar maiorzinho isso vai desaparecer?. Essa expectativa é um mito. O mais provável é o adulto com TDAH não ter o mesmo senta-e-levanta da criança, mas isso não significa estar livre do problema, que apenas assume outras características e talvez se associe a outros tipos de co-morbidade, como a dependência a álcool e drogas.

Adriana Zilio  Psicóloga  CRP 12/03086

Rua Narciso Barison, 55 1ºandar  Capinzal/SC

Fone: 9975 9966

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