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Depressão Infantil
Adriana Zilio ? Psocóloga
A depressão infantil pode manifestar-se como um atraso no desenvolvimento pondero-estatural ? ganho de peso e altura, isto é, crescimento -; regressão nas habilidades adquiridas, isto é, a criança voltaria a se comportar como se fosse mais nova; abandono de brinquedos favoritos, dificuldade de concentração, alterações no sono e no apetite; a criança pode tornar-se agitada e barulhenta ou, ao contrário, apática e quieta, isolando-se dos demais em sua casa ou na escola. Irritabilidade e agressividade são os principais sintomas da depressão infantil.
Outra característica própria é a perda do rendimento escolar e a recusa em ir a escola, pois a escola está para a criança assim como o trabalho está para o adulto; algumas vezes, as crianças passam a apresentar queixas físicas (dor de barriga, dor de cabeça, insônia, pesadelos, etc.), dificultando ainda mais o diagnóstico. Inadequação no desempenho social, caracterizada por atos delinqüentes, pode estar presente. Não raro, idéias suicidas estão presentes, entretanto, a execução do suicídio é menor que em adultos, pois as crianças apresentam uma menor capacidade de planejá-lo ou realizá-lo com sucesso.
Com o desenvolvimento da criança, as queixas somáticas (físicas) tendem a diminuir, aumentando as queixas psicológicas, além do desenvolvimento de fatores agravantes, tais como uso e abuso de álcool e drogas. Muitas vezes, isso nada mais é do que uma tentativa de automedicação. Na depressão mais leve, em alguns momentos, ocorre o retorno à normalidade. Porém, situações que antes traziam prazer, deixam de interessar: as crianças abandonam esportes e brincadeiras, reduzindo a atividade extracurricular e o contato social.
Pensamentos de cunho depressivo ? sentimentos de inferioridade, inutilidade, culpa e auto-recriminação ? são freqüentes. Geralmente, nesses casos, as crianças descrevem a si mesmas de modo negativo, como: ?não sei?, ?eu não alcanço?, ?não consigo?, ?eu sou bobo? ou ?ninguém gosta de mim...?
A história familiar é importante na origem da depressão. Estudos indicam que filhos de pais com depressão apresentam um risco aumentado em três vezes de virem a apresentar a doença. Observa-se que em casos com início muito precoce geralmente tem um forte indício genético.
A abordagem da depressão deve ser feita observando-se o ambiente familiar e social, além do tratamento medicamentoso em alguns casos, uma vez que a criança nunca pode ser considerada isoladamente. Por fim, em muitos casos não é fácil, até mesmo para especialistas, identificar a depressão infantil. Em casos de dúvida, o melhor conselho é que se procure ajuda, uma vez que a depressão não tratada pode trazer prejuízos sérios para o indivíduo no futuro.
Adriana Zilio ? Psocóloga CRP 12/03086
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