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Transposição e incompetência

  • - Mario Eugenio Saturno.

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

É impressionante o tempo que estamos vivendo, sempre acontecendo alguma coisa surpreendente. E, neste mês de março, não esqueceremos de um fato inédito, políticos que já se foram - Eita Dilma e Lula!-,  criando uma inauguração paralela! Ou seria não contabilizada? Talvez aloprada?

Muita gente é condescendente com Lula e considera grande feito ter iniciado a Transposição do Rio São Francisco para o Sertão Nordestino Semi-Árido. Ao que se mostra, a tropa petista viu nisso apenas mais uma oportunidade de ganhar percentagem na obra. Se Lula sabia dos trambiques -ele alega estar cercado de traidores, como nunca se viu neste país-, saberemos em alguns meses, quando será julgado por corrupção, formação de quadrilha, etc. Cabe ressaltar que Lula não fez os projetos de revitalização do São Francisco que prometeu em 2006. É culpado também por matar o rio.

Eu não consigo entender, Dilma ficou anos com a obra parada e o presidente Temer, em dez meses, investiu R$ 602 milhões e concluiu o trecho leste, inaugurado em 10 de março. Dilma é tão incompetente assim? Sim! Ela é muito incompetente! Mas tem um adendo que pouca gente viu.

Em maio de 2014, a "presidenta" foi à Paraíba visitar as obras inacabadas da Transposição e resolveu contar uma peta: "nós estamos vendo hoje uma situação muito difícil no Estado mais rico da Federação, São Paulo, que é a falta de água no reservatório da Cantareira, mas lá não tem uma obra dessa proporção para garantir a segurança hídrica". Acontece que em três meses o governador Alckmin fez as obras que "transpôs" as águas do volume morto para a população paulista. São Paulo, como um todo, não ficou um dia sem água.

Pois é, em um gesto humanitário, o governo paulista cedeu por empréstimo ao Governo Federal os equipamentos utilizados para extrair água do sistema Cantareira ao Nordeste. O equipamento, avaliado em R$ 8,2 milhões, é composto por um conjunto de quatro bombas flutuantes com capacidade de dois mil litros de água por segundo, acompanhado de 1.800 metros de tubulação.

Se a dona Dilma não fosse arrogante como foi -e continua sendo-, poderia ter aprendido com os paulistas e ajudado o Estado da Paraíba, um dos mais afetados pela seca que atinge o Nordeste, pelo quinto ano consecutivo. Cinco anos de sofrimento por causa de uma "cabeça de vento" (mas vento estocado) que "fez o diabo para ganhar as eleições".

O empréstimo foi formalizado no dia 26 de dezembro do ano passado, no Palácio dos Bandeirantes. O transporte dos equipamentos começou em 4 de janeiro, quando as primeiras das 30 carretas utilizadas retiraram os materiais em um almoxarifado da Sabesp, na zona sul de São Paulo. No dia 12 de janeiro, saíram as últimas carretas. Cada uma delas percorreu durante três dias mais de 2.300 quilômetros até o destino final, em Floresta (PE), no eixo Leste do projeto. E, em dois meses, a água chegou ao município de Monteiro e daí para Campina Grande, cidade com 400 mil habitantes.

Mais um exemplo de que bastava tirar a Dilma para melhorar. Não teve competência para fazer, entra de carona na obra que deveria ter feito!

 

 

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