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Prof. Evandro Ricardo Guindani

Roubar em nome de “Deus” não é roubo, mas sim “sacrifício da oferta”. É isso que acontece em algumas igrejas neste mundo afora. O povo está sendo roubado, enganado em nome de “Deus”.

Como estudioso das religiões sempre evidenciei que a fé é um poderoso instrumento e artifício usado por aqueles que se dizem porta vozes de “Deus” aqui na terra. As diferentes igrejas e religiões disputam espaço na sociedade e na mente das pessoas, para serem vistas como verdadeiras representantes de “Deus”. Aquelas que conseguem convencer, terão a fé de cada fiel como um terreno fértil para ser explorado como ela quiser.

Podemos afirmar que a fé, a crença em um ser superior, em forças divinas, a busca pelo sentido da vida, a criação de símbolos, são elementos que constituem uma dimensão da própria condição humana. Porem essa dimensão pode ser moldada de acordo com o meio onde a pessoa vive, de acordo com sua cultura e herança familiar.

Ultimamente assisti alguns vídeos produzidos por um professor e pesquisador, doutor em neurociência, que estuda e pesquisa a relação entre religião e ciência, as consequências das crenças para o fiel e para as igrejas. Nesses vídeos ele entrevista pessoas que foram vítimas desse “roubo sagrado” cometido por uma dessas igrejas.

Uma das entrevistadas relata que em um determinado dia do ano a referida igreja promove um evento onde as pessoas devem dar tudo o que tem à igreja, vender seus bens e esvaziar suas poupanças para realizar o “sacrifício da oferta”. A promessa do líder dessa igreja, segundo relato da entrevistada, é que o dinheiro “ofertado” seria retornado em prosperidade pessoal e financeira para o “doador”. A entrevistada ressalta que dentro de sua igreja, apenas testemunhou um empobrecimento e endividamento das pessoas. O referido líder que promove esse evento igreja, posteriormente é transferido para outra cidade e tudo fica por isso mesmo.

Penso que seja o momento de pensarmos em um movimento da sociedade civil na direção de exigir do Estado a criação de ações que protejam os cidadãos dessas instituições que roubam e exploram principalmente aqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade social e emocional. Poderíamos pensar na criação de projetos de lei que coíbam essas práticas, de operações policiais? Penso que essas instituições não podem ser chamadas de igrejas, são instituições financeiras que se apropriam indevidamente da fé com fins financeiros e políticos.

Prof. Evandro

Link do vídeo citado no artigo: https://www.youtube.com/watch?v=4m1HGMDWmuY

Prof. Evandro Ricardo Guindani

Universidade Federal do Pampa - Unipampa

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