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Colunista

O sofrimento do povo palestino: Deus e a violência

Você acha que a palavra “Deus” sempre traz consigo a ideia do bem e do amor? Não, nem sempre é assim. Muitos dizem agir em nome de Deus para justificar a morte e a violência contra o outro.

Estamos assistindo uma violência extrema contra o povo de Gaza que está acuado em seu território sem ter pra onde ir ou fugir. Últimas notícias da semana revelaram que crianças estão passando por cirurgia sem anestesia. Pessoas morrendo na fila do hospital sem atendimento. Corte de energia, telefone e água por parte do governo israelense.

Em matéria da BBC Brasil de 17/10/2023 intitulada: “Conflito Israel-Hamas: De onde vêm as interpretações religiosas para a guerra”, o teólogo e historiador Gerson Leite de Moraes, afirma que esse conflito entre o grupo Hamas e Israel, é uma guerra religiosa. “É uma guerra maniqueísta, onde cada um dos lados se considera representante do bem, cada um se considera imbuído de uma missão de seu deus e, portanto, neste pacote da missão está [a necessidade de] ocupar a terra e eliminar aquele que impede ou que é um obstáculo à sua liberdade religiosa, à sua existência".

Segundo o historiador, há outros elementos: econômicos, políticos, sociais, mas a fagulha, aquilo que alimenta inicialmente, que enche os homens de sentimentos nobres de martírio, de darem suas vidas em nome de uma causa, esse sentimento é religioso. 

E aqui cabe um alerta: não podemos confundir o povo palestino com o grupo Hamas. Enquanto o grupo Hamas e alguns israelenses se acham porta-vozes de seu deus, o povo de Gaza sofre de forma muito cruel e covarde.

Historicamente, desde o tempo de Moisés, os muçulmanos e judeus buscam ter seu espaço e seu Estado, o qual consideram ser um direito proveniente de uma ordem divina. Israel já tem seu espaço, porém, a cada ano, avança suas fronteiras, deixando o povo palestino impossibilitado de ter seu próprio Estado.

Penso que não se pode usar “deus” numa questão que é geográfica, que envolve a dignidade de um povo. Israel conseguiu se fortalecer como um Estado forte, exército forte, com apoio de potências como EUA, o que não ocorreu com o povo palestino.

Acompanhamos diversos protestos pelo mundo, em favor do povo palestino, pois quem conhece a história, entende que o povo palestino foi historicamente subjugado, segregado com seus direitos constantemente negados e não reconhecidos por Israel.

Prof. Evandro Ricardo Guindani

Universidade Federal do Pampa - Unipampa

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