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O saldo de Temer

  • Mario Eugenio Saturno - Mario Eugenio Saturno

Mario Eugenio Saturno é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Quem diria, já completamos um mês sem a governanta Dilma, mas a danada continua a causar mal ao Brasil. Parece aquela praga que não morre, a tiririca. Enquanto houver alguma chance de que ela volte, os investimentos na economia não acontecem, o desemprego e a inflação aumentam. Só o STF não vê, haja vista as facilidades que estão dando à Dilma, como já demonstrei no artigo "Justiça errante".

Não podemos deixar de realçar que Michel Temer é o vice-presidente, escolhido pela Dilma e eleito na chapa dela. O governo Temer tem a ver com Dilma e não com Aécio ou Marina. A oposição à Dilma não tem responsabilidade por Michel estar na cadeira dela, ela própria é culpada, seja pelos crimes de responsabilidade que cometeu, por ação ou omissão, seja pela escolha de seu vice, que segundo ela, passou-lhe uma rasteira.

Mesmo não sendo o governo que queríamos, nós, hoje, que já somos a grande maioria do povo, aceitamos o Temer porque é o que a lei diz. E o apoiaremos, não porque gostamos dele, mas porque amamos o Brasil e alguém tem que salvar nosso país do desgoverno Dilma.

E algumas vitórias têm que ser reconhecidas. Logo de cara, Temer  reduziu o número de ministérios, de 39 para 23, notadamente os escolhidos da área econômica foram de alto nível. Diante dos protestos de artistas e intelectuais, ele recriou o Ministério da Cultura. Nenhuma mulher ocupou um ministério, o que lhe trouxe críticas, injustas a meu ver, já que é visível que os partidos é que não apresentaram mulheres.

A escolha de José Serra como ministro das Relações Exteriores foi uma escolha acertada para barrar a campanha internacional contra o Brasil. Em duas notas oficiais, ele enquadrou representantes da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, e ainda o secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

A primeira crise aconteceu com a divulgação pela imprensa de uma conversa em que Jucá sugere um pacto para barrar a Lava Jato. Em oito horas o ministro renuncia. Uma solução relâmpago, não se deve esquecer que a Dilma enfrentou situação semelhante e arrastou por semanas a crise.

A equipe econômica descobre o verdadeiro rombo, um déficit de até R$ 170,5 bilhões, que era escondido da nação. E em um grande esforço contra o tempo -se passasse o 31 de maio, o país pararia para cumprir a meta e os salários dos servidores públicos sofreriam cortes-, em sessão conjunta de deputados e senadores, o projeto de lei que reduz a meta fiscal de 2016 e autoriza o governo federal a fechar o ano com aquele déficit foi aprovado, e devemos ressaltar, às 4h30 da madrugada. Como se vê, até parlamentares picaretas são acima de tudo brasileiros.

E para ficar claro que o Congresso tem problemas com a Dilma e não com Temer, foram aprovados 14 projetos de reajustes salariais para categorias de servidores dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Procuradoria Geral da República, e militares.

Estão encaminhadas ainda as Leis das Estatais, do Petróleo, a Limitação de Gastos e a DRU. Enfim, em um mês já se fez o que a Dilma não conseguiu e nem conseguiria. Se o país ainda não cresce, ao menos não afunda mais!

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