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Leitura

LIVROS VOADORES

  • - Evani Marichen Lamb Riffel

Por Evani Marichen Lamb Riffel

                                     
                                                                   
      Caro(a) leitor(a), penso e desembrulho ávida, o verbo ler, a leitura dele é ambígua, o Aurélio o define como: fixar a vista e a mente em (o que está escrito); proceder à leitura de; interpretar o que está escrito; devanear, disparar; ler por baixo: deletrear.
      Deletrear??!
      Sim, verbo no infinitivo, no presente do modo indicativo:
Eu deletreio, tu deletrias, nós deletreamos as entrelinhas da leitura, como sabiamente cita Machado de Assis:
"O bom leitor tem quatro estômagos no cérebro, a ruminar o tempo todo" ... A leitura de um bom livro é um diálogo incessante com o autor, impregnando o eu de sentidos, sentidos com alma, é o constante deletrear do ler, substantivado e verbalizado.
      Ler, costurar as ideias, tecer sentidos é o vasto, vasto decifrar do texto que está no entretexto, fomentando experiências criativas com a palavra. No garimpo de uma literatura especial, me deparo com a frase de Fernando Pessoa: "Minha Pátria é a Língua Portuguesa..." 
Deste beber enaltecido da Língua Mater, vitória, vitória... Vamos à bela história de um livro voador de William Joyce:
"Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo"
Referências da obra:
       "É uma obra de visual impressionante." (New York Times)
      "Não seria absurdo se uma história para crianças, chamada "Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo, fosse considerada uma das obras mais influentes do século XXI." (London Times)
      Por supremacia, esta citada obra inspirou o filme vencedor do OSCAR (2012), de melhor curta metragem de animação.
      -Instigou o intelecto, caro(a) leitor(a), com tantas referências em alto glamour literário?
      Como um barman requintado, serve à clientela especial o coquetel do dia, ofereço ao deguste, esta preciosidade que descobri fechada, no garimpo costumeiro na Biblioteca:
      Recontando...   
    Máximo Modesto gostava de palavras, livros e histórias. Certa vez, olhando para o imenso céu azul, avistou no caminho um esquadrão de livros voadores, uma bela moça voava agarrada à eles. A moça lançou um livro voador à Modesto, que o seguiu, com muitos outros livros, que seguiram voando na sua frente. 
      Entraram num grande prédio, ali muitos e muitos livros juntos se aninhavam.  
      Desde esse dia, a vida de Modesto Máximo se enreda numa grande Biblioteca. Ele partilha livros e histórias, conserta, medica, veste e alimenta os livros, incansavelmente.
      À noite, quando todos se ajeitam nos devidos lugares nas estantes, um velho e grande Dicionário, tem a última palavra: ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...
      Neste momento, noite alta, é que Modesto Máximo, escreve seu livro, sua própria história, suas alegrias, suas tristezas, todas as suas esperanças.
      (...)
      O tempo passa, os dias passam, passam os meses, passam os anos...
E...  Mais anos.
     Num dia cinzento e pesaroso, Modesto Máximo parte com seu próprio esquadrão de livros voadores. O livro dele ficara ali esquecido, até que surge no caminho, uma delicada e sensível menina. O livro, agora voador, pousa delicadamente no braço dela.
      E... A menina começa a ler. Assim, nossa história termina como começou! Um livro voador e uma nova leitora!
    
 P.S.
      Embarque num voo livre e seguro, com bons livros voadores! Garimpe no Google, o filme de curta metragem de animação, com o nome: "Os Fantásticos Livros Voadores de Modesto Máximo (duração de 15min).


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