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GESTÃO DO CAPITAL INTELECTUAL X I V

  • - Adelcio Machado dos Santos.

Jor. Adelcio Machado dos Santos (MTE/SC nº 4155 - JP) Diretor da Associação Catarinense de Imprensa (ACI)

Assim, a partir do momento em que a empresa alinha e integra seus capitais humano, da informação e organizacional, compatibilizando-os com poucos processos críticos, as empresas geram maior retorno para os seus ativos intangíveis (KAPLAN; NORTON, 2004).

Embora Em um primeiro momento parece incoerente falar-se em mensuração de ativos intangíveis, alguns critérios de medição se destacam com clareza, sustentam Kaplan e Norton (2004). Assim, tem-se que os ativos intangíveis não deveriam ser medidos pelo dinheiro gasto em seu desenvolvimento nem por análises independentes sobre capacidades e contribuições de ativos de recursos humanos e tecnologias de informação.

O valor dos recursos intangíveis resulta da efetividade do seu alinhamento com as prioridades da organização e não do quanto valem em termos isolados. Quanto mais estreito for o alinhamento dos ativos intangíveis com a estratégia, maior será o seu valor para a organização. Do mesmo modo, se os ativos intangíveis que não estiverem alinhados com a estratégia não criarão muito valor, por maior que tenha sido o seu custo (KAPLAN; NORTON, 2004).

Para a mensuração dos ativos intangíveis pode-se recorrer a alguns princípios contábeis empregados na avaliação dos ativos tangíveis e financeiros da organização. Os contadores classificam o lado do ativo do balanço patrimonial em categorias, como caixa, contas a receber, estoques, imobilizado e investimentos a longo prazo. Os ativos são ordenados de maneira hierárquica tendo por base o seu critério de liquidez ou a facilidade com que são convertidos em caixa.

Kaplan e Norton (2004, p. 216) assim estruturam essa pirâmide de mensuração dos ativos intangíveis:

Contas a receber é mais líquidos (converte-se em caixa com mais rapidez) do que estoques, e ambos são classificados no ativo circulante, pois quase sempre se transformam em dinheiro em menos de doze meses. Os ativos de longo prazo (ou permanentes), como sugere o nome, levam mais tempo para se converterem em caixa. Por exemplo, o ativo imobilizado fornece capacidade para a transformação de matérias-primas em estoques de produtos acabados, que, depois de vendidos, viram contas a receber e, finalmente, geram caixa. Mas são necessários muitos ciclos de conversão para que se recupere o investimento inicial em imobilizado.

 

O arcabouço do mapa estratégico disponibiliza as condições essenciais para que os capitais humano, da informação e organizacional sejam representados como ativos, os quais terminarão por ser convertidos em caixa, o mais líquidos dos ativos, através do aumento da receita e da redução das despesas.

A partir daqui, Kaplan e Norton (2004), introduzem o conceito de prontidão estratégica como meio de descrever o grau de preparação dos ativos intangíveis tendo em vista a necessidade de suportar a estratégia da organização. A prontidão estratégia se assemelha à liquidez, sendo que quanto mais alto o nível de prontidão estratégia, maior a rapidez com que os ativos intangíveis contribuirão para gerar caixa.

A prontidão estratégia converte-se em valor tangível somente quanto os processos internos criam níveis cada vez mais elevados de receita e lucro. Muitas vezes, as organizações não são capazes de atribuir valor financeiro significativo a fatores intangíveis, tais como a força de trabalho motivada e preparada, visto que eles somente geram valor tangível no contexto da estratégia.

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