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FUNCIONALIDADE DA DIDÁTICA APLICADA X

Jor. Adelcio Machado dos Santos

Posto que a avaliação sirva como fundamento de uma classificação, é, hodiernamente, exigida da escola a função promotora do desenvolvimento do aluno, o que pressupõe a mudança do significado da avaliação.
Em meio a essa realidade, a avaliação não é um fim, mas um meio. Isso significa que ela não se constitui em um processo eliminados de alunos, mas, antes, em uma forma de conseguir que todos os alunos atinjam os objetivos da escolaridade.
De acordo com Ferreira e Santos (1994, p. 62-63),

[...] avaliar pretende-se que seja um momento incorporado no ato de ensinar e aprender, parte integrante do que se passa na sala de aula, e que possibilite a cada aluno compreender melhor as estratégias mentais utilizadas.

Portanto, a avaliação, mais do que um conjunto de técnicas compreende um conjunto de atitudes que possibilitam valorizar as potencialidades de cada um.
Destarte, para além de saber se o aluno atingiu ou não os objetivos previstos é essencial que a avaliação possibilite detectar dificuldades, criar condições de desbloqueio e estimular a progressão da aprendizagem.
Corroborando tal entendimento, merece destaque a concepção de Perrenoud (1999, p.71-72), que concebe a avaliação da aprendizagem como uma função que não possui um fim em si:

A avaliação não é, em princípio, um objetivo em si, mas um meio de verificar se os alunos adquiriram os conhecimentos visados. Recomenda-se, todavia, quando se ensina, ter uma ideia bastante precisa da maneira como se procederá para avaliar os conhecimentos, o que evita introduzir uma grande ruptura entre os conteúdos e as modalidades do ensino e as exigências no momento da avaliação.

Nesse mesmo sentido, Luckesi (1999, p. 85) afirma que "a avaliação escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com um projeto pedagógico e com seu consequente projeto de ensino".
A avaliação não possui uma finalidade em si, ela apenas subsidia um curso de ação que visa construir um resultado previamente definido.
 Em outras palavras, a avaliação inserida na educação serve de subsídio para decisões ligadas a aprendizagem, tendo em vista a necessidade de garantir a qualidade do resultado que aos poucos vai sendo construído.
No entendimento de Luckesi (1999) a avaliação da aprendizagem deve ser um ato interativo e inclusivo.
 Por isso, a avaliação se distingue do julgamento: enquanto que esse último define uma situação, do ponto de vista do sim e do não, distinguindo o certo do errado, a avaliação acolhe alguma situação, ato, coisa ou alguém e, então, reconhece-a como um diagnóstico, para processamento decisório acerca da possibilidade de  melhoria de sua qualidade, com o fim de incluir e não de excluir ou selecionar.
 
Jor. Adelcio Machado dos Santos
 (MT/SC nº 4155 - JP)




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