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EUA: modelo de indiferença com o outro

Há muitos anos fomos vítimas de uma intensa lavagem cerebral, principalmente nos anos em que enfrentamos uma ditadura militar. O brasileiro passou a ser bombardeado com uma propaganda de que o modelo norte-americano (capitalista) seria melhor do que o soviético (socialista). Desde então, recebemos sempre a falsa notícia de que os EUA deram certo, e todos tem a oportunidade de se darem bem na vida.

Nesta série de artigos, venho escrevendo sobre o EUA como um modelo que não deve ser seguido. No artigo anterior relatei a atitude da polícia norte-americana de insensibilidade e violência contra crianças imigrantes. Hoje falarei sobre como os EUA promovem a indiferença com aquele que não tem dinheiro para ter um plano de saúde.

Matéria publicada pelo Globo no dia 08/8/2023 tem a seguinte manchete: “Hospitais dos EUA são acusados de 'despejar' pacientes pobres nas calçadas”. (Fonte: oglobo.com). A matéria relata que “imagens de pacientes largados em calçadas das ruas de Louisville, no Kentucky, causaram indignação da população local e geraram uma investigação da rede televisiva Wave, afiliada da NBC”

Veja como é chocante o relato da matéria:

“Em 1º de dezembro, uma funcionária do Hospital Universitário de Louisville entrou em contato com jornalistas da Wave para contar que estava "horrorizada" com o que acabara de ver. Seguranças da unidade haviam levado uma mulher idosa para fora das dependências numa cadeira de rodas e a deixado na calçada, ainda com a roupa do hospital e chinelos, mesmo respirando com dificuldade. Fazia 0 grau naquele dia, e ela tinha apenas um cobertor sobre a cabeça. Os pertences da mulher haviam sido jogados ao lado dela, dentro de uma sacola”. Funcionários do hospital relataram à NBC que esses casos são muito comuns.

Nos EUA não há um sistema único de saúde pública, mas sim uma série de programas estaduais na sua maioria regido por empresas, ou seja, visam o lucro e não a saúde da população.

De acordo com matéria publicada no site da Associação de Gastroenterologia do Rio De Janeiro (AGRJ), ao contrário de todos os outros países desenvolvidos do mundo, os Estados Unidos não oferecem cobertura universal a seus cidadãos — isto é, não garantem serviços de saúde de qualidade a toda a sua população.

Segundo a AGRJ, a maioria das pessoas nos EUA devem buscar seus planos no mercado, e o acesso em geral é vinculado ao trabalho. Durante a pandemia, o desemprego levou 5,4 milhões de pessoas a perderem os seus planos de saúde, de acordo com um estudo lançado na semana passada. Em matéria do Jornal Extra Classe do Sinpro/RS, de 11/4/2020, o cientista Carlos Henrique Assunção Paiva afirmou: “EUA tem um modelo de saúde onde quem pode pagar é atendido e quem não pode fica à míngua.”O modelo dos EUA é um modelo que serve às grandes empresas e não à população! Um modelo de indiferença com o outro!

Prof. Evandro Ricardo Guindani

Universidade Federal do Pampa - Unipampa

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