Deputados criticam multas a manifestantes em Lages e sugerem mutirão na saúde
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Fábio Queiroz/Agência AL - Kennedy Nunes (PSD) denunciou as dezenas de multas de R$ 2.934,00 aplicadas aos manifestantes que protestaram contra um policial militar que invadiu a casa de alunas da Udesc que comemoravam o sucesso na apresentação de um trabalho de conclusão de curso (TCC) de uma delas.
Críticas duras às multas aplicadas pela Polícia Militar a manifestantes em Lages e a sugestão de que o Executivo organize mutirões de exames e cirurgias represados durante a pandemia marcaram a sessão de terça-feira (1º) da Assembleia Legislativa.
Kennedy Nunes (PSD) denunciou as dezenas de multas de R$ 2.934,00 aplicadas aos manifestantes que protestaram contra um policial militar que invadiu a casa de alunas da Udesc que comemoravam o sucesso na apresentação de um trabalho de conclusão de curso (TCC) de uma delas.
"Todos os carros foram multados a pretexto de participarem de um evento sem permissão e usarem a buzina", relatou Kennedy.
Paulinha (PDT) e Marcius Machado (PL) concordaram com o colega.
"Fiquei estupefata com as multas por buzina, a cobrança será feita pelo Comando-Geral, temos reunião agendada com o comandante para tratar das agressões às mulheres, não é um caso isolado", afirmou a líder do governo.
"Uma discrepância multar manifestantes porque o policial invadiu a casa de estudantes. Sempre que tiver injustiça vou me manifestar, um desrespeito, uma arbitrariedade, ditadura. Ninguém pode se manifestar porque será multado, calem-se, porque serão multados", ironizou Machado.
Luciane Carminatti (PT) sugeriu um projeto de resolução para sustar as multas ilegais.
"Fiquei chocada com essa informação e penso que podemos dar um salto maior, podemos propor um projeto de sustação dessas multas, os quarenta deputados, foi um flagrante abuso de autoridade, é fundamental que não se permita que esse tipo de ação continue", postulou Carminatti.
Já o líder do MDB sugeriu à Secretaria de Estado da Saúde (SES) que organize mutirões para zerar as filas de exames e cirurgias eletivas.
"Cerca de 70% das pessoas deixaram de fazer tratamento médico regular, mais grave, deixaram de fazer os exames. É preciso uma estratégia para que esses que não fizeram o diagnóstico e/ou tratamento possam fazer agora com um grande mutirão, para que essa fila possa ser zerada e que os hospitais da rede filantrópica e pública possam fazer mutirões de exames e cirurgias", insistiu Valdir Cobalchini (MDB).
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