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ÁGUA NOSSA DE CADA DIA! Professor Me. Ciro José Toaldo

Cada vez que escrevo a respeito da água, tenho duas imagens fortes em minha mente, elas são ligadas com a infância: primeiro é das águas limpas e transparentes do Rio do Peixe, aonde, juntamente com minha mãe e a vizinhança da Rua Carmelo Zocolli, em Capinzal, SC, íamos até este rio para lavar roupa e a aproveitávamos para se deliciar naquelas águas magnificas.

A segunda, diz respeito às cisternas que meu pai mandou construir em nossa casa, tendo o intuito de armazenar as águas das chuvas. Uma pena que ao chegar à rede de água, todo aquele belo aparato, ecologicamente correto foi deixado de lado.

No último dia 22 de março, o mundo celebrou o ‘dia da água’, o bem mais precioso para a vida no planeta Terra! Vivemos em um país privilegiado nesse quesito, temos inúmeros rios, inclusive o Amazonas, junto com Rio Nilo (Egito) são os dois principais rios do mundo. Temos várias bacias hidrográficas que dispõe da maior reserva de água doce e potável do mundo; além de contar com o Aquífero Guarani, uma das mais importantes reservas subterrânea de água doce e potável do planeta.

Entretanto, estas características não eximem o Brasil de estar entre os países com sérios problemas hídricos, aja visto que grande parte de nossa energia elétrica é gerada por hidrelétricas que captam grande parte das águas dos rios, essa dimensão requer uma série de reflexões e, neste pequeno artigo não poderemos abordá-las, pois impacta na forma como estas usinas são construídas e sua relação com o meio ambiente, assoreamento dos rios, desmatamento, questões sociais e ambientais geradas em seu entorno. Portanto, essa temática tem gerado inúmeros estudos, discussões e levado grande parte da humanidade, sobretudo em países desenvolvidos, rever até que ponto a construção de gigantescas hidrelétricas trazem benefícios ao equilíbrio entre homem e natureza.

Outra importante dimensão, quando se trata do uso da água, especialmente no âmbito urbano, diz respeito ao saneamento básico, que se entende quando um determinado lugar é abastecido por água encanada e tratada, esgoto sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. Estes procedimentos permitem o uso correto da água dentro de seu ciclo, dentre eles, após o seu uso, a água de voltar ao meio ambiente de forma limpa, para não gerar desequilíbrio ambiental.

E, neste quesito, nosso país está muito atrasado, os dados são alarmantes: apenas 50% da população brasileira faz uso do saneamento básico, os outros 50% ainda não desfrutam destas benesses. A região Sudeste é a que mais conta com saneamento, onde 95% de seus municípios têm estes serviços fundamentais para o seu desenvolvimento socioeconômico.

A garantia de que nosso país sairá dos patamares de subdesenvolvimento, passará essencialmente pela implantação do saneamento básico em todo seu território.

E, como visto o processo do pleno desenvolvimento de nossa nação, está vinculado ao ‘trato da água’ que além da sobrevivência humana, atrela-se à qualidade de vida. Infelizmente os governantes não se deram conta que inúmeras tragédias surgiram, justamente pela falta de saneamento básico no âmbito urbano, obviamente que o meio rural não deve ser esquecido.

Cuidemos de nosso maior patrimônio, a água, que deve ser economizada, cuidada, preservada e, numa última instancia, deveria ser tratada como algo ‘sagrado’, pois, somente quem fica sem ela, sabe o quando ela é primordial para a sobrevivência humana.

Pense nisto e até o próximo!  



VOLTANDO NO TEMPO
livro “Maria Fumaça uma Volta ao Passado”, de autoria de Paulo Eliseu Santos. Anterior

VOLTANDO NO TEMPO livro “Maria Fumaça uma Volta ao Passado”, de autoria de Paulo Eliseu Santos.

NATUREZA INDIGNADA
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