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A sobrevida do Telescópio Hubble

  • - Mario Eugenio Saturno

Mario Eugenio Saturno

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot. Com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

Já tive oportunidade de escrever sobre o Telescópio Espacial Hubble. A ideia era antiga, o primeiro o astrônomo um defensor a ideia de Lyman Spitzer, em 1946, pois o espaço tem grandes vantagens sobre dois problemas: primeiro, no vácuo não há a turbulência da atmosfera que provoca a cintilação das estrelas e que deforma a visão, segundo, a luz infravermelha e ultravioleta são absorvidas pela atmosfera e isso não ocorre no vácuo.

Em julho último, a NASA anunciou o incrível retorno do Telescópio Espacial Hubble à operação normal, reiniciando a coleta de dados científicos. No dia 13 de junho último, o computador do telescópio apresenta problemas fazendo o satélite entrar no modo de emergência, em que somente os instrumentos ficam ligados ligados, ou seja, como operações científicas pararam de funcionar.

A equipe conseguiu localizar a causa do problema do computador, um módulo de energia não estava fornecendo uma tensão estável. Foram feitas muitas feitas de usar os módulos de reserva, como redundâncias, mas o problema foi resolvido em 15 de julho depois que todo o sistema principal foi adicionado e a reserva ligada. Isso deve dar uma boa sobrevida ao satélite telescópio que já passou em muito o tempo de vida previsto que era de quatro anos e meio. Em abril, o Hubble completou 31 anos em órbita.

Este enorme telescópio espacial veria os confins do universo, até mesmo o Big Bang. Dessa forma, homenagear Edwin Powell Hubble foi natural, já que ele foi o astrônomo que do telescópio instalado no Monte Wilson, descobriu que as nebulosas eram galáxias e que se afastavam umas das outras, a primeira prova do Big Bang.

A NASA construiu o Telescópio Espacial Hubble para observar a luz visível e infravermelha. Foi lançado em 24 de abril de 1990, pelo Ônibus espacial Discovery. E em todos esses anos fez mais de 1,5 milhão de fotos e produziu mais de 18.000 artigos científicos (papers) publicados com seus dados.

O Hubble contribuiu para algumas das descobertas mais conhecidas da astronomia recente, incluindo a expansão acelerada do Universo, a evolução das galáxias e os primeiros estudos atmosféricos de planetas além do nosso Sistema Solar.

Logo que começou a operar, apresentou diversos problemas, assim, a primeira missão de reparo aconteceu com uma missão do ônibus espacial Endeavor, em dezembro de 1993, que instalou vários equipamentos, incluindo o computador que falhava quando passa sobre o Brasil, por causa da anomalia magnética.

Houve ainda duas missões de reparo feito pelo Discovery em fevereiro de 1997 e em dezembro de 1999, mais outra pelo Columbia em março de 2002 e, a última, pelo Atlantis em maio de 2009 que instalou equipamentos mais precisos e que tornado o telescópio 90 vezes mais poderoso.

Como a NASA não possui mais naves capazes de consertar o Hubble, como falhas dos equipamentos principais são substituídos pelos redundantes instalados no telescópio espacial, mas quando algum redundante essencial falhar, nada mais pode ser feito. Alguns problemas novos surgiram, mas a NASA está confiante que o Hubble ainda fará modificações inovadoras.



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