Por Evani Riffel

Era uma vez a Arca de Noé...

Que abrigou Noé, sua família e um casal de cada espécie de animais da terra, protegendo-os do dilúvio anunciado pela divindade, conforme consta nas Escrituras Sagradas.

Desta história biblíca bordo um tempo e caminho para narrar outros tempos e outras histórias que perpassaram gerações e perpassam este tempo conflituoso, de incertezas, de temores, de guerras outras e armas outras, contra um inimigo que pode bater ou não em retirada... Ele, o inimigo, que parou a terra na segunda década do ano 2000...

-Quem é ele?

-Onde está?

-Descaso, prevenção, letal, vencidos, vencedores, até onde terá o poder de disseminação ao redor do vasto...Vasto mundo??...

      Desde dezembro de 2019, remando contra a pandemia covid-19, neste preciso dia 29 de abril de 2020, embarcados e atracados na Arca doméstica, desde um dito decreto governamental, repensamos estórias, histórias profecias. Estas povoadas de criadores, contadores e profetas esperando talvez o "salvador da pátria."

       Instigue-se caro/a Leitor/a:

-Quais as histórias que tens guardadas no teu baú de lembranças? Este encontra-se aberto, semi-aberto, cerrado, fechado a sete chaves?

"Recordar é viver," aproveita Leitor/a que está na Arca protetora e retoma o passado para compreender este presente que nos acautela, assusta, isola, limita a liberdade de ir e vir. Vamos lá, puxe pela memória.

      A memória à que me refiro perpassa as fases da vida e os enredos vivenciados, profetizados, crendices soltas aos quatro ventos, histórias e estórias contadas, clássicos encantados ou mesmo causos assustadores.

      Para uma reflexão coletiva abro o meu baú, caríssimo/a Leitor/a:

      -Uma estória: Os três porquinhos e o lobo mau!

-Por quê?

      A relação amorosa que tenho com este clássico é a proteção da casa como uma fortaleza, abrigo e defesa do inimigo. E, mais a família, juntos, unidos, os três irmãos na casa de tijolos sob o comando do irmão mais velho, mais sensato, mais equilibrado.

        Enfim, juntos na Arca 2020 sem Noé mas com alguém por nós.

      -Uma história: "O descobrimento do Brasil!"

 -História verídica?

-Inverídica?

-Fictícia?

      A verdade é que sempre me inquietou esta história, tanto quanto discente aprendiz e mais adiante na docência em reflexão instigativa:

-Foi descoberto? Já era habitado? Quem seriam os verdadeiros donos? "Ser selvagem nativo não adona o território? O porquê das guerras pelos territórios demarcados, conquistados? Os nativos indígenas eram ou não eram guerreiros? Foram ludibriados, "catequizados?"

      Deixa prá lá essa prosa Leitor/a e vamos para uma profecia assustadora que ouvi desde que nasci, em 1959 até o ano 2000.

-Sabe qual é???...

      Quem é prior, before 2000 sabe a reposta:

Trata-se aqui da profética frase: "O MUNDO VAI TERMINAR NO ANO 2000!"

Mas... Porém, todavia, contudo o ano 2000 chegou, passou e o mundo não acabou!!! Sou testemunha!!!

      Agora, hoje ainda pensei em algo que meu pai falava para amenizar nosso medo infantil que cresceu conosco: "- O mundo não termina, o que termina são as pessoas."

      Certo, incerto é que para que o mundo não fique super-povoado sempre haverá uma causa: guerras, catástrofes ambientais, doenças, epidemias e...

      Cá estamos em pandemia...

COVID-19 e... na "ARCA 2020"... Estamos na fita...

"Fique em casa... Use máscara protetora, luvas, capacete, vestimenta... Envolva-se em bolha, se preferir...

Proteja-se...

"...O nosso, ainda é um belo mundo para se viver!"

-Cadê o salvador da pátria???!!!...