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FRANQUIA INOLVIDÁVEL - PLANETA DOS MACACOS

Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos Crítico de Arte

Primeiramente, A franquia “Planeta dos Macacos” se configura em icônica e influente do gênero de ficção científica, sendo notável por suas profundas reflexões sobre a natureza humana, desigualdade, e questões éticas relacionadas à ciência e ao poder. Criada a partir do romance homônimo de Pierre Boulle, publicado em 1963, a saga rapidamente se tornou um fenômeno cultural global, sendo adaptada para o cinema, televisão e quadrinhos ao longo das décadas.

De outro vértice, o primeiro filme da franquia, *Planeta dos Macacos* (1968), dirigido por Franklin J. Schaffner e estrelado por Charlton Heston, apresentou ao mundo uma premissa provocadora: uma sociedade onde os papéis entre humanos e macacos são invertidos, com primatas evoluídos dominando os seres humanos, que são tratados como criaturas inferiores. A obra foi um sucesso imediato, em grande parte devido à sua abordagem inovadora sobre a exploração de temas como o racismo, opressão e os perigos da arrogância humana. O filme também ficou eternamente gravado na memória popular com seu impactante final, onde o protagonista descobre que o "planeta alienígena" em que se encontra é, na verdade, uma Terra pós-apocalíptica devastada pela própria humanidade.

Outrossim, a popularidade do primeiro filme levou à criação de quatro sequências na década de 1970, cada uma expandindo o universo e a mitologia da franquia. Entre elas, destaca-se “De Volta ao Planeta dos Macacos” (1970) e *A Conquista do Planeta dos Macacos* (1972), que abordam temas como revoluções sociais e o surgimento de uma nova civilização primata. Embora nem todas as continuações tenham sido tão bem-sucedidas ou aclamadas quanto o original, elas ajudaram a estabelecer o status de “Planeta dos Macacos” como um pilar da ficção científica.

Após um período de estagnação, a franquia passou por um renascimento no início dos anos 2000 com a tentativa de imaginação dirigida por Tim Burton, lançada em 2001. Conquanto o malogro crítico e não agradar a maioria dos fãs, essa versão manteve o interesse pela saga vivo, o que culminaria em uma nova trilogia iniciada em 2011 com *Planeta dos Macacos: A Origem*, dirigida por Rupert Wyatt. Esta trilogia, composta por *A Origem* (2011), *O Confronto* (2014) e *A Guerra* (2017), revitalizou completamente a franquia, apresentando uma narrativa mais sofisticada e focada no desenvolvimento do personagem César, um chimpanzé geneticamente modificado que lidera uma revolução contra a humanidade.

Por conseguinte, a nova trilogia foi amplamente elogiada por seus efeitos visuais inovadores, especialmente no uso de captura de movimento para criar os personagens primatas, permitindo uma profundidade emocional e realismo nunca antes vistos. A performance de Andy Serkis como César foi particularmente destacada, sendo considerada uma das melhores utilizações de tecnologia para retratar emoções humanas através de criaturas digitais.

Ademais disso, os filmes continuaram a explorar questões relevantes, como a ética do uso de ciência para manipulação genética, os efeitos devastadores da guerra e a complexa relação entre dominadores e dominados.

Destarte, a franquia *Planeta dos Macacos* não apenas entreteve gerações de espectadores, mas também os desafiou a refletir sobre a condição humana, os perigos do autoritarismo e os limites da ciência. Sua longevidade no imaginário popular se deve, em grande parte, à sua capacidade de se adaptar às mudanças sociais e políticas ao longo dos anos, ao mesmo tempo em que preserva os temas centrais de conflito e sobrevivência.

Com um novo filme planejado para o futuro, “Kingdom of the Planet of the Apes” (2024), a franquia parece pronta para continuar sua trajetória de sucesso e relevância. Ao longo de suas diversas iterações, *Planeta dos Macacos* se consolidou como uma narrativa atemporal sobre poder, resistência e o destino da humanidade – um espelho distorcido que nos faz questionar até onde nossa civilização pode ir antes de nos depararmos com o limite de nossa própria arrogância.

Em última análise, *Planeta dos Macacos* é mais do que uma série de filmes ou uma história de ficção científica.

Em epítome, trata-se de reflexão contínua sobre a essência do que significa ser humano, os perigos do avanço tecnológico desenfreado e o potencial para nossa própria queda se não aprendermos a coexistir de maneira mais harmônica com o planeta e suas espécies.

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